3 setembro 2022 21:30
Papa Francisco
danilo di giovanni
Francisco já falou em renunciar e está a limitar o ritmo das viagens. Não há plano B para ausência do Papa em Portugal na Jornada Mundial da Juventude
3 setembro 2022 21:30
Francisco foi o primeiro a assumir que a renúncia “é uma opção normal”, porque “não é uma catástrofe mudar de Papa”, e logo aí dispararam os rumores sobre uma iminente saída antecipada de cena. A crescente debilidade física do Papa — que tem um problema grave nos joelhos — já o levou a abrandar e a reduzir a agenda. “É impossível continuar com o mesmo ritmo de viagens de antes”, disse aos jornalistas no final da sua última visita ao Canadá, prometendo que dali em diante teria de se “poupar um pouco”. Quer isto dizer que a visita a Portugal, marcada para agosto do próximo ano, pode estar comprometida?
“O Papa vem à Jornada Mundial da Juventude (JMJ)”, garante Aura Miguel. A mais sénior vaticanista portuguesa não tem dúvidas de que até lá Francisco “não vai renunciar”, mas é evidente que “pode sempre acontecer um imprevisto”, porque ninguém tem o futuro nas mãos. Américo Aguiar, bispo-auxiliar de Lisboa e responsável pela organização da JMJ, é o primeiro a nem querer sequer ouvir falar na hipótese de uma ausência. “Não se preocupem. O Papa vem, de cadeira de rodas, de maca, de padiola. Vem”, chegou a dizer num encontro de católicos. Esta semana, a organização deu conta da abertura das inscrições para o evento, prometendo que Francisco seria o primeiro a inscrever-se e a marcar presença na zona ribeirinha de Lisboa e Loures.