Política

IL diz que despacho sobre Endesa é "grave" e acusa Governo de "propaganda" e "prepotência"

Cotrim Figueiredo, líder dos liberais
Cotrim Figueiredo, líder dos liberais
JOSÉ SENA GOULÃO

Cotrim de Figueiredo alerta para o facto de o despacho sobre o mecanismo ibérico de fixação de preços de gás natural omitir a possibilidade de poder dar origem a "preços mais altos" no futuro.

IL diz que despacho sobre Endesa é "grave" e acusa Governo de "propaganda" e "prepotência"

Liliana Coelho

Jornalista

O líder da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, diz que o despacho assinado pelo primeiro-ministro que prevê vigiar contratos da Edesa com serviços públicos é "grave" e mostra a "propaganda" e "prepotência socialista".

"Isto não é admissível, é a versão moderna de quem se mete com o PS leva. Prepotência e propaganda são as duas armas que restam ao Governo", afirma Cotrim de Figueiredo num vídeo enviado às redações.

Cotrim de Figueiredo alerta para o facto de o despacho sobre o mecanismo ibérico de fixação de preços de gás natural omitir também a possibilidade de poder dar origem a preços mais elevados no futuro.

"É propaganda que se trata quando o Governo quer esconder que este mecanismo permite preços mais baixos da eletricidade em relação aos preços europeus no momento, mas vai originar preços mais altos do que a Europa no futuro e os mesmos beneficiários desses preços mais baixos hoje são aqueles que pagarão os preços mais altos", acrescenta.

Para o presidente dos liberais, a medida do Executivos serve de resposta às declarações do presidente da Endesa, Nuno Ribeiro da Silva, após ter alertado para uma subida significativa dos preços da eletricidade já este mês, correspondendo a uma retaliação.

"Retalia, obrigando à validação de centenas de faturas todos os meses e isso vai, certamente, causar atrasos adicionais nos pagamentos, e ameaça também com uma mudança de fornecedores, presumindo que vai haver práticas comerciais desadequadas", conclui.

Segundo o despacho assinado na segunda-feira por António Costa, todas as faturas terão que ser validadas previamente pelo secretário de Estado da Energia, João Galamba, e devem ser feitas consultas de mercado para a eventual necessidade de contratação de novos prestadores de serviço.

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