Costa obrigado a brutal aumento de pensões, conta de €2 mil milhões pode ser otimista

Lei de Vieira da Silva obriga ao maior aumento de sempre dos apoios sociais. Reformas vão custar mais €2 mil milhões, confirma o CES
Lei de Vieira da Silva obriga ao maior aumento de sempre dos apoios sociais. Reformas vão custar mais €2 mil milhões, confirma o CES
Jornalista
Os pensionistas que auferem reformas de velhice até aos €5600 (valores brutos) vão, no próximo ano, beneficiar de aumentos entre os 6% e os 7%. Tudo somado e só no que a este tipo de apoios sociais diz respeito, os cofres da Segurança Social vão gastar mais €2 mil milhões do que no Orçamento deste ano, o que equivale a 1% do PIB, ou seja a 1% de toda a riqueza produzida no país.
A estimativa deste acréscimo de despesa decorre da pura aplicação da lei e foi confirmada pelo Expresso junto do Conselho Económico Social, cujos técnicos estão a analisar o impacto social da atual situação económica do país. A hipótese do aumento das pensões de reforma representar um esforço adicional de €2 mil milhões aos cofres da Segurança Social é até considerada uma “estimativa otimista” e um cálculo feito por baixo, pois tem em conta uma inflação de 5,9% e um crescimento do PIB de 4%, valores que podem ainda subir até ao final do ano. Segundo a lei 53B de 2006, o Governo é obrigado a atualizar as pensões, de acordo com uma fórmula combinada que tem em conta os níveis de inflação e os valores do crescimento económico. Num ano atípico como o de 2022 — com valores extraordinários de ambos os vetores — o Estado será forçado a uma despesa suplementar, que terá impacto nas contas públicas.
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