Não há tempo para fazer um concurso público internacional até ao fim do ano quando os contratos acabam. Prorrogação com os mesmos fornecedores à vista?
Jornalista
O concurso para o “desenvolvimento” do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) — cujo valor deve rondar os €100 milhões — está em risco de não cumprir os prazos necessários e de não estar concluído a 31 de dezembro, quando termina o contrato com as empresas fornecedoras dos serviços de manutenção do sistema de comunicações de emergência das forças de segurança, bombeiros, Proteção Civil e INEM. Isso pode ter como consequência uma nova prorrogação dos atuais contratos, que já tinham sido prolongados, de forma excecional, por 18 meses, até ao fim deste ano.
Segundo uma carta da anterior administração da empresa SIRESP, S.A., à ex-ministra da Administração Interna Francisca Van Dunem, a que o Expresso teve acesso, o calendário era de nove meses, “considerando apenas o prazo mínimo previsto no Código de Contratação Pública para executar o procedimento concursal com publicidade internacional”, e “sem considerar as possíveis interações com os concorrentes e Tribunal de Contas”. A nova administração, liderada pelo brigadeiro-general Viegas Nunes, tem apenas seis meses para concluir o processo.
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