Unir e pacificar são outros dos verbos que o novo presidente do partido terá de conjugar, defendem dirigentes ouvidos pelo Expresso
Passada a refrega interna, é tempo de baixar as armas e reorientar o foco para assegurar a unidade e pacificação no PSD. O partido que Luís Montenegro herda não está nem unido nem pacificado, ainda que seja justamente essa a grande expectativa para a sua liderança. O novo presidente não tem vida fácil: precisa de se articular com uma bancada parlamentar que não escolheu e de que não faz parte e de reanimar o maior partido da oposição num cenário de maioria absoluta socialista e com dois partidos à sua direita a ‘comerem-lhe’ fatias do eleitorado. O caderno de encargos de Montenegro não se esgota aqui, mas só isso já lhe dará água pela barba.
Miguel Morgado, ex-assessor de Pedro Passos Coelho e antigo deputado do PSD, apoiou Montenegro nas diretas do último fim de semana contra Jorge Moreira da Silva. Um grupo parlamentar que não resulta das escolhas do líder “não é um desafio novo”, lembra ao Expresso, pelo que “Montenegro terá de fazer o que os outros fizeram, que é ter uma relação franca de trabalho diário”. Por outro lado, também os deputados estão “abrangidos pela obrigação que o novo presidente tem de refundar a unidade do partido, que foi perdida nos últimos quatro anos e meio de Rui Rio”.
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