A Iniciativa Liberal (IL) pretende que os médicos especialistas na patologia do doente, a quem compete dar parecer sobre a morte medicamente assistida, devem ser sorteados e não escolhidos. Em declarações ao jornal “Público”, João Cotrim de Figueiredo diz que este não se trata do chamado “médico orientador”, mas sim de um outro profissional que tem de intervir no processo para dar pareceres.
Trata-se de médicos “que têm menos relação com o doente”, explica. Depois do primeiro parecer favorável do médico orientador, este tem de consultar um outro médico. Este médico tem de ser especialista na patologia apresentada pelo doente. O parecer deste segundo médico tem como função “confirmar ou não que estão reunidas as condições para o recurso à eutanásia”.
A IL sugere que este médico seja “atribuído de forma sequencial, de entre uma lista de médicos especialistas na patologia que afeta o doente, que manifestem interesse em integrar essa lista elaborada pela Ordem dos Médicos, tendo em conta um critério de territorialidade que promova a proximidade geográfica do médico especialista ao doente”. O profissional tem ainda como função "confirmar o diagnóstico e prognóstico da situação clínica e a natureza grave e incurável da doença ou a condição definitiva e de gravidade extrema da lesão”. Em casos de dúvida quanto à situação psicológica do doente, o partido de Cotrim Figueiredo sugere que o paciente seja analisado por um psiquiatra.
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