Exclusivo

Política

PSD. Montenegro canta vitória, mas Moreira da Silva tem máquina de Rio

PSD. Montenegro canta vitória, mas Moreira da Silva tem máquina de Rio
DR

“Tenho dois anos para mostrar que sou capaz”, diz Montenegro ao Expresso. Moreira da Silva teve 300 voluntários a ligar a militantes

A carrinha é uma Mercedes de oito lugares: dois à frente, virados para a estrada; e seis atrás, virados uns para os outros. É uma espécie de gabinete de trabalho em andamento e Luís Montenegro está satisfeito com a escolha. É neste veículo que tem percorrido o país, no último mês, e é ali que aproveita para reunir com dirigentes locais e com a sua equipa mais restrita — que vai de Hugo Soares a Carlos Coelho e Pedro Alves passando pelo jovem “prodígio” de 20 anos João Pedro Luís, mandatário da juventude depois de ter sido cabeça de lista de Rui Rio por Portalegre. Por perto segue outro carro de apoio e uma outra carrinha com uma equipa audiovisual: foto, vídeo, assessoria, redes sociais. A estrutura é profissional e visível a olho nu: ali, não há quem duvide que a vitória no sábado será “confortável”.

Jorge Moreira da Silva, por outro lado, aparece praticamente sozinho. São 21h40 quando, esta quarta-feira, chega finalmente à sede do PSD de Vila Nova de Gaia para uma sessão de esclarecimento que estava marcada para as 21h. A sala teria entre 70 a 100 cadeiras e demoraria a encher. Ninguém esconde, mesmo quem fala no púlpito, que, ali, o ex-ministro do Ambiente não tem qualquer apoio da estrutura partidária: tanto Cancela Moura como Firmino Pereira, eternos rivais gaienses, declararam apoio a Luís Montenegro. E quem diz ali, diz no resto do país: o cenário repete-se. Moreira da Silva viaja num Mercedes alugado, híbrido, apenas com dois ajudantes: João Maria Jonet, com quem discute a estratégia política, e Francisco Lucena, assessor que faz a ponte com a comunicação social.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rdinis@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate