Inês de Sousa Real e Rui Tavares mantêm sentido de voto na votação final global do Orçamento do Estado para 2022. Mas deixam avisos ao Governo
Jornalista
À pergunta “quem vota contra” as propostas de alteração ao Orçamento do Estado (OE-2022), na Comissão de Orçamento e Finanças, a palavra mais ouvida foi PS ao longo das votações. A lógica só foi praticamente interrompida para o PAN e o Livre. Os dois deputados únicos somam mais vitórias no quadro orçamental, tendo visto aprovadas 34 e 13 propostas, respetivamente, (até ao fecho deste artigo). Foi um sinal que o Governo do PS quis dar de ‘maioria dialogante’, garantindo a abstenção de Inês de Sousa Real e Rui Tavares, na votação final global do documento, que terá lugar esta sexta-feira no Parlamento. No entanto, são medidas no geral sem impacto orçamental — como estudos ou projetos-piloto, que começam a ser desenhados este ano para serem implementados para o próximo ano.
Aliás, os dois partidos já negociaram com o Governo, alertados para esse pressuposto: para serem viabilizadas medidas, não deveriam ter grande peso orçamental. Afinal, foi com este Orçamento que António Costa fez toda a campanha nas legislativas, prometendo “manter os compromissos” assumidos. Mas Sousa Real e Rui Tavares exigiram sinais políticos já neste OE.
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