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PS trava a fundo no OE para guardar margem para “tempos incertos”

A votação final do OE-2022 decorre esta sexta-feira no Parlamento
A votação final do OE-2022 decorre esta sexta-feira no Parlamento
MANUEL ALMEIDA/LUSA

Maioria inflexivel. Medidas com impacto orçamental ou na inflação ficaram pelo caminho

PS trava a fundo no OE para guardar margem para “tempos incertos”

Liliana Valente

Coordenadora de Política

O primeiro Orçamento do Estado (OE) da maioria absoluta socialista vai ser aprovado esta sexta-feira e da “maioria de diálogo” prometida pelo primeiro-ministro restará muito pouco. O PS aprovará o documento (quase) sozinho, apenas com a abstenção dos dois deputados únicos, um do PAN e outro do Livre, e a esquerda voltará à oposição, de onde a direita não saiu. O Governo justifica a “prudência” e o facto de não ir mais longe na almofada para a perda do poder de compra com a necessidade de “guardar margem” para fazer face “aos tempos incertos” que se vivem. E aos que aí vêm.

Das 1500 propostas de alteração ao documento, os socialistas aprovaram cerca de 50 dos outros partidos (com exceção do Chega) e nenhuma com relevo orçamental ou que impacte na inflação. A palavra de ordem no PS é “contenção” na política expansionista, apesar do aparente paradoxo, e por isso no Parlamento os socialistas puxaram do travão de mão no OE: o documento que sairá da Assembleia da República é aquele que o PS quis. “As propostas mais pesadas da oposição entram em contradição com o caminho que temos”, diz fonte socialista ao Expresso. Por isso ficam pelo caminho.

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