Costa repudia ataques a imigrantes por militares da GNR: "São inaceitáveis"
Sobre a pandemia, o primeiro-ministro diz que para já não considera necessário impor a obrigatoriedade de máscara na rua.
Sobre a pandemia, o primeiro-ministro diz que para já não considera necessário impor a obrigatoriedade de máscara na rua.
Coordenadora de Política
O primeiro-ministro diz que não viu as imagens dos agentes da GNR a agredirem imigrantes em Odemira, mas pela descrição que leu não tem dúvidas que "comportamentos daquela natureza são inaceitáveis". Causa repugnância a qualquer pessoa: "Ninguém que tenha visto pode ter outro sentimento que não esse", respondeu.
Em resposta aos jornalistas à saída do programa Praça da Alegria, na RTP, António Costa comentou o caso dos militares da GNR de Odemira que agrediram vários imigrantes, noticiado esta semana pela CNN Portugal: "Há mais de dois anos que esta investigação está a ser desenvolvida pela autoridades. Ninguém está acima da lei", frisou. Nas respostas, referiu ainda que considera que a "IGAI atuou" uma vez que "parte desses agentes já foram punidos e um deles já foi expulso da GNR".
O primeiro-ministro falou ainda de outros temas, nomeadamente sobre a evolução da pandemia, e referiu que "não estão previstas nenhumas outras medidas além das que estão em vigor" e que neste momento o que é fundamental "é o comportamento de cada um de nós" procurar medidas cautelares para evitar um aumento de contágios na altura das festas.
"A garantia que dou aos portugueses é que faremos tudo para travar a pandemia. Não posso dizer que não vamos adoptar medidas, se forem necessárias terão de ser adoptadas". "Se a evolução for esta ,seguramente teremos de adotar medidas", admitiu.
Para já, o que está fora de equação é a imposição de máscaras na rua. O primeiro-ministro lembrou que já é obrigatório quando há aglomerados e que é uma gestão que cada um tem de fazer, e por isso "para já não se justifica essa obrigatoriedade".
Já no programa Praça da Alegria, o primeiro-ministro tinha insistido na mensagem de que é preciso que os portugueses se testem com regularidade, muito mais neste período de encontros familiares e instou as famílias a vacinarem as crianças porque "é importante para a própria saúde das crianças", disse. "Não sabemos o que vai acontecer no futuro, à cutela é melhor vacinar já", disse.
Num apontamento mais político, António Costa disse que houve consenso político na gestão da pandemia: "Não tenho nada a queixar-me dos líderes partidários. Posso queixar-me por outras razões", disse.
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