Antes do arranque da VI Convenção Nacional do Iniciativa Liberal (IL), o líder do partido reagiu à notícia da detenção de João Rendeiro, congratulando-se com o resultado da cooperação entre as autoridades. "É um dia bom quando se sabe que acabou por ser detido e vai acabar por ser extraditado para Portugal", disse João Cotrim de Figueiredo
Jornalista
João Cotrim de Figueiredo manifestou-se hoje satisfeito com a detenção esta madrugada do ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) pela Polícia Judiciária (PJ) na África do Sul.
"Já sabia que hoje ia ser um dia bom para o liberalismo e fiquei a saber também que é um dia bom para a justiça portuguesa", afirmou o líder da Iniciativa Liberal (IL) à entrada da reunião magna, que decorre este fim de semana no Centro de Congressos de Lisboa.
É um dia "bom para a justiça", defendeu Cotrim de Figueiredo, porque João Rendeiro – que fugiu à justiça em setembro para não cumprir pena pelos crimes de burla e falsificação a que tinha sido condenado –, acaba por ser detido e será extraditado para Portugal para cumprir a pena, "quer dos casos que já transitaram em julgado, quer dos outros que ainda não transitaram em julgado, e eventualmente outros ainda que possam ter a ver com esta evasão que protagonizou".
E sobretudo importante num país onde há "tanta falta de responsabilização" e em que "tanto exemplo desresponsabilização é dado pelos nossos governantes". "É muito bom que haja casos como este", acrescentou.
"Aquilo que João Rendeiro fez, quer enquanto gestor do BPP e os crimes que aí cometeu, quer a forma como usou manobras dilatórias durante todo o seu processo, quer depois a forma absolutamente inadmissível como tentou brincar com os portugueses fugindo à justiça e dando estas indicações de ser inimputável, acho que é um dia bom quando se sabe que acabou de ser detido", insistiu.
Para o deputado único da IL, a detenção de João Rendeiro é resultado do "bom trabalho" feito pela PJ em cooperação com as autoridades internacionais, sublinhando que deve ser dada "continuidade" a esse "bom trabalho.
O ex-banqueiro, que estava condenado por 16 crimes em três processos ligados ao colapso do BPP, deu uma entrevista no final de novembro à CNN Portugal. As imagens foram decisivas para os peritos da PJ procurarem pistas para apurar o paradeiro de Rendeiro.
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