BPP: PCP elogia competência da PJ e pede fim do sentimento de impunidade de banqueiros
O PCP "sublinha a necessidade de a justiça não poupar esforços para fazer cumprir as decisões judiciais e as sentenças que foram proferidas
O PCP "sublinha a necessidade de a justiça não poupar esforços para fazer cumprir as decisões judiciais e as sentenças que foram proferidas
O PCP elogiou hoje a forma competente como a Polícia Judiciária (PJ) atuou na detenção do ex-banqueiro João Rendeiro e salientou a necessidade de a justiça fazer cumprir as decisões judiciais, contribuindo para acabar com a impunidade.
Esta posição foi transmitida pelo presidente do Grupo Parlamentar do PCP, João Oliveira, através de uma nota enviada à agência Lusa, depois de a PJ ter detido em Durban, na África do Sul, o fundador e antigo administrador do BPP (Banco Privado Português), João Rendeiro, sobre quem pendia um mandado de detenção internacional.
"O PCP quer destacar a forma competente com que a PJ cumpre a sua missão. A dimensão mediática deste caso torna essa conclusão mais evidente. Mas a verdade é que é essa intervenção competente, qualificada e empenhada da PJ que permite diariamente e em casos menos mediáticos superar até as dificuldades resultantes da falta de meios e de condições de combate à criminalidade económica e financeira e à corrupção", apontou o líder parlamentar da bancada comunista.
Na mesma nota, João Oliveira acrescenta que o PCP "sublinha a necessidade de a justiça não poupar esforços para fazer cumprir as decisões judiciais e as sentenças que foram proferidas, contribuindo para pôr fim ao sentimento de impunidade com que banqueiros e protagonistas dos grupos económicos continuavam a agir".
Em conferência de imprensa, o diretor nacional da PJ, Luís Neves, revelou que João Rendeiro foi detido às 07h locais (05h em Lisboa) na República da África do Sul, onde chegou no dia 18 de setembro, adiantando que o ex-banqueiro reagiu com surpresa à detenção "porque não estava à espera".
O objetivo agora é "decretar o cumprimento da prisão" do ex-banqueiro, disse Luís Neves, em conferência de imprensa, na sede da PJ, em Lisboa, adiantando que o ex-banqueiro será presente a tribunal nas próximas 48 horas.
Questionado sobre quando deverá entrar em Portugal, o diretor nacional da PJ afirmou que "esse é um assunto que agora compete às autoridades judiciais da República da África do Sul".
João Rendeiro, que em 28 de setembro foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva, num processo por crimes de burla qualificada, estava no estrangeiro e em parte incerta, fugido à justiça.
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