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Política

A incrível vitória de Rio contra caciques e notáveis

A incrível vitória de Rio contra caciques e notáveis
Octavio Passos

A noite de sábado destapou dois partidos: o dos dirigentes que apostaram em Rangel - e perderam -, e o dos militantes (e dos outros dirigentes) que votaram no líder. Há um divórcio no PSD, que terá consequências nas listas. É a primeira vez que um candidato ganha contra a lógica do aparelho. Rio vai a legislativas para morder as canelas a Costa e quer ganhar. Para o PS centrista, para o CDS e o Chega, este era o melhor cenário.

A incrível vitória de Rio contra caciques e notáveis

Vítor Matos

Jornalista

Octávio Passos

Fotojornalista

Passaram 20 anos. Em dezembro de 2001, Rui Rio teve uma vitória impossível para a Câmara o Porto contra um candidato imbatível do PS. Agora, em novembro de 2021, venceu a terceira eleição direta no partido, contra o candidato preferido dos dirigentes, do aparelho, dos notáveis, que tinha a melhor imprensa e o favor dos comentadores. Talvez tenha sido o mais difícil e suado sucesso da sua carreira. Desta vez, bateu a matemática “infalível” do Excel com as contas dos caciques partidários: Rui Rio ganhou as diretas do PSD por 52% contra 47% de Paulo Rangel, com uma vantagem de 1700 votos, metade da que teve contra Luís Montenegro, em 2019. Mas com mais três mil votos absolutos do que há dois anos.

Agora que está relegitimado para ir às legislativas - Paulo Rangel fez questão de o referir -, passará a ser o líder da oposição que aguentou mais tempo o desgaste do lugar mais ingrato da política portuguesa. O recorde no PSD já é seu. Nem de propósito, a música que se ouvia nos altifalantes antes de Rio aparecer na sala do Sheraton do Porto para falar era “I’m Still Standing”, de Elton John. Sempre em pé.

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