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Na semana decisiva, Rangel jogou pelo seguro

Paulo Rangel, a entrar na sede do PSD em Torres Vedras
Paulo Rangel, a entrar na sede do PSD em Torres Vedras

Oposição Rui Rio ou António Costa? O eurodeputado correu as distritais a falar com militantes, para apontar ao rival e ao primeiro-ministro. Mas a prioridade foi não cometer erros

Almada é daqueles lugares onde o PSD foi obrigado a sobreviver a um ecossistema dominado pelo PCP: o distrito de Setúbal é território agreste para “pêpêdês” — desde o tempo do velho PPD —, mas a sede do partido está cheia de militantes, são mais de 150, para ouvirem Paulo Rangel falar junto a uma mesa de snoo­ker laranja, ao lado de um “bar laranja”, entre pilares pintados de laranja. Na noite gelada de segunda-feira, dia 22, tem notáveis laranja na primeira fila, como Maria Luís Albuquerque, a ex-ministra das Finanças de Passos Coelho, e Miguel Frasquilho, ex-presidente da TAP, autor da ideia de “choque fiscal” nunca posta em prática no tempo de Durão Barroso. No púlpito, o candidato propõe baixar o IRC e lamenta: “Infelizmente, não podemos fazer um choque fiscal.” No período das perguntas e respostas, já com os jornalistas fora da sala, um secretário de Estado do tempo de Cavaco Silva pede a palavra.

José Bracinha Vieira, militante de Palmela e um dos históricos do distrito, ex-presidente da Parque Expo, apoiante de Rui Rio na primeira eleição, disse que ouviu mais “oposição” e mais “ideias” numa “hora de intervenção” de Rangel do que do líder “durante quatro anos”, contaram ao Expresso fontes presentes na reunião. Questionado sobre o aeroporto do Montijo, o candidato criticou o arrastamento do projeto ao longo de seis anos, mas defendeu aquela localização para uma construção urgente. Ainda respondeu que só pode haver um aumento do salário mínimo, que defende, com uma progressão do salário médio alcançada pelo crescimento económico promovido com a tal descida do IRC.

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