
BE vota programa com avisos internos. Listas opositoras podem ficar fora da AR
BE vota programa com avisos internos. Listas opositoras podem ficar fora da AR
João Diogo Correia, em Estocolmo
Jornalista
infografia
Um Bloco de Esquerda próximo do centro, colado à necessidade de um acordo com o PS, que, por sua vez, lhe tira sempre o tapete. Um BE que, depois do sucesso dos primeiros anos de ‘geringonça’, se deixou acomodar nos corredores do Parlamento. É assim que os críticos da atual direção olham hoje para o partido.
Nas palavras do histórico Mário Tomé, ex-deputado único pela UDP (um dos partidos na origem do BE), é preciso que o partido “não soçobre ao ‘acordismo’, ao centralismo, à burocracia” e que volte às bases. “Uma orientação que coloca no centro tático a possibilidade de um acordo com o PS não funciona e tem conduzido a perdas eleitorais” [ver infografia], acrescenta Pedro Soares, ex-deputado na legislatura da ‘geringonça’ que, entretanto, se tornou crítico da linha da direção. António Soares Luz, dirigente da distrital do Porto, recorre à metáfora, comparando o partido a “uma pessoa rejeitada que está sempre a pedir namoro”.
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