21 novembro 2021 8:52
Envio para o TC de reforço dos apoios sociais fez subir temperatura da ‘geringonça’. Não cumprimento de promessa sobre leis laborais fez o resto. Jerónimo disse e repetiu que “não pode ser assim”. Costa desvalorizou
21 novembro 2021 8:52
“Isto não está bem. Isto não pode ser assim”, disse Jerónimo de Sousa. A frase é de maio deste ano, na altura em que os comunistas interpelaram o Governo no Parlamento sobre as propostas de alteração à lei laboral. O PCP insistia no horário das 35 horas de trabalho e no aumento geral dos salários, mas, acima de tudo, queria um compromisso político — e público — de que o tema teria prioridade na agenda. O caso era sério, já que nas negociações do último Orçamento do Estado (viabilizado graças à abstenção comunista), o Governo deixara no ar a promessa de revogar algumas das normas gravosas do Código do Trabalho e ir mais além na meta de aumento do salário mínimo. Mas com os meses a passar, a cobrança da promessa mostrou ser uma tarefa impossível para os comunistas e a partir de então, o termómetro da ‘geringonça’ não parou de subir. A crise esteve à vista de todos e o PS assistiu a tudo na primeira fila.