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PS. Com a direita a digladiar-se, a ordem é para acalmar contra a esquerda

António Costa e Carlos César, em janeiro de 2020
António Costa e Carlos César, em janeiro de 2020
ESTELA SILVA/Lusa

Socialistas reuniram direção e distritais. A máquina já está a aquecer, mas ainda há dúvidas no caminho a seguir

PS. Com a direita a digladiar-se, a ordem é para acalmar contra a esquerda

Liliana Valente

Coordenadora de Política

Enquanto a direita estiver a arder e a digladiar-se em público, o PS vai tentar passar entre os pingos da chuva. Esta semana assumiu o papel de espectador dos desenvolvimentos políticos, com o objetivo de deixar a poeira da dissolução da Assembleia da República assentar, fazendo baixar a temperatura da perceção causada pelo chumbo do Orçamento e da consequente crise política. A reflexão interna começou, mas, ainda em choque com um mês que pôs tudo de pés para o ar num partido que só contava ter vitórias, o PS está a tentar encontrar o caminho. Contudo, há uma premissa de base: a ordem é para não ser muito agressivo à esquerda, o combate nas eleições antecipadas de janeiro será com a direita.

Esta semana, o PS reuniu a sua direção e foi auscultar as federações distritais sobre o impacto no país do fim da solução política de António Costa e lançar a preparação das eleições. Os socialistas ainda estão a testar os diferentes argumentos e, embora tenham já uma base de partida, admitem que ainda é preciso “afinar” o que dizer. Ao que o Expresso apurou junto de fontes presentes nas diferentes reuniões, António Costa foi ouvir, mais do que decidir, sobre o que deve ser a argumentação e as bases programáticas do partido.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lvalente@expresso.impresa.pt

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