
Carlos Natal disputa este sábado com André Ventura a presidência do partido. E acusa-o de agir “de forma ditatorial”
Carlos Natal disputa este sábado com André Ventura a presidência do partido. E acusa-o de agir “de forma ditatorial”
Jornalista
Em poucas semanas, Carlos Natal passou de “rato” a uma prova da “democracia a funcionar” no Chega. André Ventura volta este sábado a recandidatar-se à liderança do partido, pela segunda vez em eleições diretas e pela primeira vez com um adversário. Natal, empresário da restauração e candidato à Câmara de Portimão até ser afastado, acusa o partido de estar “capturado pelo sistema e pela maçonaria”. “Numa primeira fase, Ventura não se deixou capturar, mas, a partir de um determinado momento, foi capturado. Hoje o partido está amordaçado”, bem como o “projeto que o Chega tinha para o país”, avalia ao Expresso.
É militante desde novembro de 2018, quando o Chega era “ainda um projeto de partido”, e reconhece que avança contra Ventura na sequência do seu afastamento como candidato autárquico. “Não estava na minha ideia candidatar-me. Fui exonerado sem qualquer justificação”, diz. Tentou “por várias vezes” falar com Ventura, mas sem sucesso. “Até à entrega das listas das candidaturas autárquicas, o presidente do partido esteve por duas vezes a passar férias em Portimão e nunca quis falar comigo”, lembra. Oficialmente, o que terá motivado o seu afastamento foi a apresentação pública do número dois antes de o nome ter sido aceite pelos órgãos locais.
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