Política

Rangel critica Rio por fazer “ataque quase pessoal” a Marcelo em jeito de “condicionamento”

Rangel critica Rio por fazer “ataque quase pessoal” a Marcelo em jeito de “condicionamento”
TIAGO MIRANDA

Paulo Rangel afirma estar “sereno” e “tranquilo”, embora “expectante”, sobre a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa relativa às eleições antecipadas. E ataca Rui Rio e a sua direção por fazerem um “ataque quase pessoal” ao Presidente da República. “Eu, ao contrário de outros, respeito as instituições” diz, já em campanha

Rangel critica Rio por fazer “ataque quase pessoal” a Marcelo em jeito de “condicionamento”

Rita Dinis

Jornalista

Paulo Rangel está "tranquilo" e está apostado em não responder às provocações do seu adversário interno, Rui Rio, e em iniciar a sua campanha interna "virada para o país". Em declarações aos jornalistas a partir de Vila Viçosa, distrito de Évora, o candidato à liderança do PSD ataca Rui Rio por estar a protagonizar, juntamente com membros da sua direção, um "ataque quase pessoal" a Marcelo Rebelo de Sousa, que não é mais do que uma "tentativa de condicionamento censurável".

"É uma coisa inaudita, invulgar, não me recordo de haver lideranças políticas a fazer um ataque quase pessoal ao Presidente da República como tentativa de condicionamento", disse, afirmando que essas mesmas tentativas de condicionamento são "censuráveis". Da sua parte, diz, Paulo Rangel respeitará e aceitará qualquer que seja a decisão do Presidente da República - a quem compete, de resto, marcar a data das eleições.

"Qualquer que seja a decisão do PR eu respeitarei e cá estarei como candidato para trabalhar nela. Não me preocupa minimamente, estou naturalmente expectante porque é uma decisão importante para o país, mas respeito o critério usado pelo Presidente da República, que será o critério do interesse nacional", disse ainda.

Questionado sobre as mais recentes críticas de Rui Rio, que tem lembrando que Paulo Rangel defendeu que Luís Montenegro não devia desafiar a liderança do PSD em 2019 quando as eleições europeias estavam à porta, o eurodeputado recusou qualquer tipo de comparação e recusou entrar no "ping-pong político" com Rui Rio. Pelo caminho, contudo, Rangel lembrou que os dois momentos não são comparáveis, até porque em janeiro de 2019 estava em causa uma moção de censura a Rui Rio, e agora o que está em causa são eleições ordinárias, marcadas de resto pela atual direção do partido, que está em final de mandato.

"Seria estranhíssimo que não houvesse eleições internas no PSD, não há que ter medo delas, são totalmente compatíveis com os calendários; é a normalidade democrática no país e no partido", disse, reforçando que a sua campanha interna pela liderança do PSD será "virada para o país" e não para "o ataque aos adversários" internos. "Eu, ao contrário de outros, respeito as instituições", rematou.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rdinis@expresso.impresa.pt

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