Marcelo Rebelo de Sousa continua a esperar que as negociações entre António Costa, PCP e Bloco de Esquerda resultem numa garantia de aprovação do Orçamento do Estado, até porque se o documento passasse pouparia “muitos custos, muitos problemas e algumas preocupações”, justificou este sábado em declarações aos jornalistas, em Torres Vedras.
“Até passar este período final de conversações entre partidos não está nenhum outro cenário no meu espírito. Devo esperar até ao último minuto. Depois: corre tudo como desejo e espero, é uma hipótese. Não corre e então passo a pensar nos outros cenários”, declarou no final do evento de comemoração dos 75 anos do Aeroclube de Torres Vedras. Por isso, insistiu o Presidente da República, é exclusivamente com o cenário em que o Orçamento do Estado é aprovado na Assembleia da República e que nenhuma crise política se abre que diz estar a trabalhar.
Para já, e ainda que as negociações com Bloco de Esquerda e PCP não pareçam estar a avançar muito – o BE já disse que chumbará a proposta do Orçamento caso se mantenha como até aqui e o PCP considera as novas medidas anunciadas insuficientes –, também nenhum partido fechou a porta em definitivo. A votação na generalidade está marcada para quarta-feira.
No caso de o documento chumbar, Marcelo já assumiu ser sua intenção dissolver a Assembleia da República. O que não significa que António Costa tenha de se demitir, podendo continuar o Governo em gestão, tomando decisões em matérias que não impliquem a intervenção do Parlamento.
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