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Marcelo prefere que Costa não se demita e dá tempo ao PSD

Marcelo dramatiza impacto de uma crise política mas, caso ela aconteça, prefere que o Governo não fique em gestão
Marcelo dramatiza impacto de uma crise política mas, caso ela aconteça, prefere que o Governo não fique em gestão
Pedro Nunes

Presidente aguarda reuniões “decisivas”, mas preparou-se para a crise. O que mais o preocupa é se for cedo para a direita chegar ao poder. Se o Orçamento chumbar, espera que Costa não se demita

Marcelo prefere que Costa não se demita e dá tempo ao PSD

Ângela Silva

Jornalista

Marcelo Rebelo de Sousa espera até ao fim que haja “bom senso” negocial e que Governo e velhos parceiros da ‘geringonça’ acabem, nas reu­niões “muito importantes” deste fim de semana “decisivo”, por evitar uma crise, mas já comunicou ao país qual é a sua visão política para gerir o eventual chumbo do Orçamento do Estado (OE) e não deixou espaço para um plano B. Se o OE não passar — cenário que desta vez foi levado a sério em Belém, sobretudo depois de Governo, PCP e BE terem entrado no “passa culpas” —, é certo que o Presidente dissolverá a Assembleia da República. Embora, sabe o Expresso, Marcelo não veja razões para o primeiro-ministro se demitir.

O melhor, se houver uma crise, “é que o PM não se demita”, defendem na Presidência, sublinhando que “isso garante que o Governo, em vez de ficar em gestão, pode continuar a tomar decisões que não dependam do Parlamento e até manter alguns poderes de gestão orçamental”. Incluindo, ironizam, a aprovação do decreto de execução orçamental (que define as regras de execução das contas públicas mas que o Governo de António Costa sucessivamente atrasou e que este ano nem chegou a apresentar).

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