“Não vão demorar muito a saber isso”: Rio diz que decisão sobre eventual recandidatura ao PSD está “quase tomada”
Rio diz ainda que espera que não haja uma crise política no país, mas frisa que a situação “não é a mesma que a de outros anos”
Rio diz ainda que espera que não haja uma crise política no país, mas frisa que a situação “não é a mesma que a de outros anos”
O presidente do PSD, Rui Rio, foi questionado esta segunda-feira se já tomou uma decisão sobre se será ou não recandidato nas eleições diretas no PSD marcadas para 4 de dezembro. "Está quase a ser tomada na minha cabeça e a seguir comunicada. Obviamente que me preocupa muita esta situação que foi criada que é podermos ter um país em eleições antecipadas, que é mau se o PSD estiver numa disputa - sem presidente eleito e com congresso lá para janeiro. Isto é uma coisa terrível", afirmou em declarações aos jornalistas à chegada à tomada de posse do novo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.
Mais à frente e questionado por outros jornalistas sobre se está pronto a ser protagonista de uma mudança no país, Rio frisou que ao ser presidente do PSD "tem de estar sempre pronto". E à insistência se tal significa que se vai recandidatar à liderança do PSD, Rio referiu que esse assunto não era o que interessava no dia de hoje, mas deixou um recado. "Não vão demorar muito a saber isso", disse.
Rio disse ainda esperar que possa não existir uma crise política, mas frisou que a situação "não é a mesma que a de outros anos". "Em nenhum dos outros anos o Presidente da República teve de intervir tantas vezes a explicar que estamos na iminência de termos uma crise política", frisou.
Por essa razão, o presidente do PSD lamentou que o Conselho Nacional tenha tomado uma decisão em que poderá colocar o partido nesse período numa disputa interna "quando podia estar perfeitamente tranquilo e disputar umas eleições antecipadas e vindo de uma vitória política nas autárquicas". "Esperemos que não, mas eu diria que a probabilidade deve andar neste momento em 50% para cada lado", apontou.
Questionado se deu alguns conselhos a Carlos Moedas para a gestão da Câmara da capital, Rio admitiu que sim, fruto da sua experiência na autarquia do Porto. "Não vou dizer publicamente os conselhos que lhe dei", acrescentou.
Na quinta-feira, o Conselho Nacional do PSD chumbou uma proposta da direção para que o calendário eleitoral interno fosse suspenso até se esclarecer se o Orçamento do Estado é ou não aprovado, por 71 votos contra e 40 a favor, e agendou diretas para 4 de dezembro e congresso para entre 14 e 16 de janeiro. Até agora, apresentou-se como candidato à liderança do PSD o eurodeputado Paulo Rangel.
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