Política

"Acho que me subestimaram", diz Carlos Moedas

Carlos Moedas, futuro presidente da Câmara Municipal de Lisboa, admite numa entrevista ao El País.

"Creio que me subestimaram", diz Carlos Moedas "Acredito que as pessoas querem figuras diferentes na política e eu sou essa mudança. Não sou de golpes baixos, ataco o conteúdo e as ideias dos meus adversários”, disse o social-democrata em entrevista ao El País. "É a primeira vez que isto acontece com um moderado", disse ainda Moedas, defendendo que as vitórias a contrariar todas as sondagens têm acontecido a políticos populistas. "A minha primeira condição foi não fazer alianças com populistas. Não gosto. Acho que o populismo está a matar a democracia e os extremos não interessam, sejam de esquerda ou direita", concluiu.

Sobre a governabilidade da autarquia - que venceu sem maioria - Moedas diz estar preparado. "Já falei com todos e os sinais que recebi foi de que estamos aqui para fazer o melhor pela cidade. Muitas das minhas medidas não são ideológicas e podem ter apoio", disse.

Na entrevista, Carlos Moedas ainda foi confrontado com o seu passado como membro do governo de Passos Coelho. “Nenhum outro governo teria feito diferente”, defendeu o futuro presidente da câmara de Lisboa. "Não havia alternativa, não tínhamos dinheiro para pagar aos funcionários ou aos professores. Sabíamos que seríamos impopulares, mas não tivemos escolha, entramos no programa da troika e saímos. Isso deu-nos a oportunidade de crescer, que foi o que aconteceu quando chegou outro governo ”, acrescenta Carlos Moedas.

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