Lisboa era tudo o que Rui Rio podia pedir, e Moedas deu-lhe. Em jeito de "eu tinha razão", o líder do PSD não perdeu um minuto a falar dos críticos internos mas falou para dentro partido: "Estamos hoje em melhores condições de ganhar as legislativas em 2023". O balão de oxigénio encheu, encheu e explodiu numa noite em que Rio atacou as sondagens e provou que sabe usar o jogo das expectativas a seu favor. Primeiro Lisboa, depois o país?
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Mandam as regras da política que quem ganha fica para o fim. O PSD, na matemática global, não ganhou as eleições autárquicas, mas foi Rui Rio quem ficou para o fim: com os votos de Lisboa ainda a serem contados, António Costa avançou primeiro, cauteloso, e só quando as televisões deram por terminada a sua intervenção é que Rui Rio desceu ao rés do chão da São Caetano à Lapa para cantar vitória. As contas de Lisboa ainda não estavam fechadas mas Rui Rio já pedia um aplauso para Carlos Moedas. Depois de Coimbra, Funchal, Portalegre, Barcelos, num total de 31 câmaras conquistadas pelo PSD (e 15 perdidas), o balão enchia, enchia, enchia... até que, a meio de uma resposta a uma jornalista, Lina Lopes (presidente das Mulheres Sociais-Democratas) gritou: "Ganhámos Lisboa!". E o balão explodiu.
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