Política

Comissão contra a discriminação racial instaura processo ao PSD do Seixal por cartaz com líder chinês Mao Tsé-Tung

Cartaz inclui a frase "depois de 45 anos a comer arroz". Bruno Vasconcelos, candidato social-democrata à autarquia, diz que é uma “expressão corriqueira, usada entre amigos, como sinal de repetição”: “Os comunistas do Seixal não percebem arroz do que é a democracia ou a liberdade de expressão”, acusa

A Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) instaurou um processo contra o candidato do PSD ao Seixal, Bruno Vasconcelos, por considerar que um dos cartazes da sua campanha autárquica “discrimina o povo chinês”. O cartaz exibe Mao Tsé-Tung, acompanhado das frases “Depois de 45 anos a comer arroz. Vais votar nos mesmos de sempre? Mao, Mao, Maria”. Candidato diz, ao jornal “Inevitável”, ser “inacreditável” esta “tentativa de limitação”.

A CICDR recebeu duas denúncias em relação ao cartaz. Segundo a comissão, a frase “Depois de 45 anos a comer arroz” é suscetível a “discriminar o povo chinês, sendo assim um ato xenófobo” e ainda “diminuidora da cultura chinesa”. A queixa diz ainda que o cartaz pretende diminuir “as dificuldades que os chineses passaram durante várias lutas e guerras que enfrentaram, o que os obrigou a subsistir com base no arroz”.

Em declarações ao jornal, Bruno Vasconcelos considera a acusação “sem qualquer sentido”. “Demonstra bem uma tentativa de tirar atenção ao que o cartaz diz respeito, ou seja, às atrocidades do Comunismo e idolatria do PC a estas figuras”. O candidato argumenta que a expressão “comer arroz” é uma “expressão corriqueira, usada entre amigos, como sinal de repetição”. “Isto só prova que os comunistas do Seixal não percebem arroz do que é a democracia ou a liberdade de expressão”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate