Primeiro, uma garantia: “Comigo não haverá qualquer tipo de tabu.” Depois, a dúvida que só resolverá em 2023, ano de legislativas: “O momento óbvio é 2023, em que o PS, eu próprio e a minha mulher temos de ver isso”. António Costa garante que está “motivado” ("nunca me perdoaria não liderar o país neste momento tão importante"), chama de volta o BE, anuncia várias novidades para o Orçamento. Só não dá por certo que volte a candidatar-se. E está descansado com isso: diz que não procura emprego, mas que o PS tem sucessores à altura, homens e mulheres.
Ao sétimo Orçamento, com seis anos de governação em minoria, vê a situação política mais precária? Não se tem tornado mais difícil governar?
Acho estes tempos empolgantes para a governação. Tivemos um ano hiperexigente com a pandemia para combater e a economia para recuperar, a União Europeia para presidir, preparar um Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), preparar um Portugal 2030, conseguimos chegar aqui. E agora temos este momento extraordinário que é executar. É o momento de passar à ação de tudo o que planeámos e em que estivemos a trabalhar. Acho que, tudo visto, o plano de vacinação é um claro sucesso e abre a oportunidade de virarmos a página da pandemia, a economia resistiu como nem os mais otimistas dos otimistas podiam imaginar. A presidência portuguesa da UE foi um claro sucesso e temos prontos os instrumentos para os começarmos a executar. Não partindo da base tão negra em que julgávamos que íamos partir, mas de um nível semelhante ao que estávamos em 2019 e com a ambição que temos de poder transformar. O PRR e o Portugal 2030, mais do que recuperar e reconstruir, permitem mesmo transformar estruturalmente o nosso país. É difícil imaginar um momento mais empolgante do que este para governar.
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