Moedas copia outdoor de Medina. PS Lisboa responde com ironia: “continuem a preferir o original à contrafação”

Contactada pelo Expresso a candidatura de Moedas explica que a ideia da imitação foi "intencional" e visou chamar a atenção dos eleitores "curiosamente pela diferença".
"É um cartaz que vai na linha do próprio posicionamento em Lisboa. A escolha é clara entre Carlos Moedas e Fernando Medina e os lisboetas vão ter que escolher se querem uma mudança para melhor ou mais do mesmo", justifica fonte oficial da candidatura de Moedas.

O outdoor do candidato da direita foi colocado ao final desta manhã na Alameda, em Lisboa, e tem a assinatura da agência Mosca que trabalha também com a Iniciativa Liberal (IL).

Questionado sobre se a ideia transmitida pode ser exatamente o oposto, que os dois candidatos representam quase o mesmo, a candidatura de Moedas recusa que seja esse o efeito. "Admitimos que essa é a mensagem que o PS quer transmitir, se virmos a floresta e não apenas a flor. Mas temos recebido ótimas reações ao cartaz, que tem criado na verdade algum buzz e burburinho", acrescenta a mesma fonte.

A imagem continua a ser partilhada pelos dois lados. O centrista Diogo Moura, líder da concelhia do CDS de Lisboa e que integra a lista de Moedas, partilhou a foto dos cartazes e pegou nos slogans, afirmando que "Não é de Mais Lisboa que precisamos, é de Melhor Lisboa".

Já o deputado socialista Filipe Neto Brandão manifestou-se incrédulo com a imagem – que pensava inicialmente ser falsa –, e criticou a falta de criatividade da campanha de Moedas."Constato, porém, não sem estupefação, que é verdade e, como bem diz o post do PS Lisboa, não passa de um plágio mal amanhado", atirou.

Também o deputado Ascenso Simões (PS) arrasou o cartaz e acusou o candidato da direita de "falta de competência política" e de "juízo": "Ele não entende que entre o original e a serigrafia, os lisboetas preferem o original?", questionou.

Segundo a última sondagem Expresso/SIC, Fernando Medina conta com 42% das intenções de voto, sem maioria absoluta, enquanto Carlos Moedas não vai além dos 31%.