Rio, que é “muito crítico da Justiça”, tem elogios a fazer sobre os casos da EDP e de Vieira. Mas tem uma expectativa também

“Espero é que depois tudo isto tenha consequência”
iO líder do PSD reconheceu esta quarta-feira que as ações judiciais relacionadas com as barragens da EDP e a detenção do presidente do Benfica demonstram que a justiça está a atuar mas sublinha que tem a expectativa de que não se fiquem pela parte mediática.
"Como sabem eu sou muito crítico da Justiça, mas quando a Justiça atua tenho de dizer exatamente o contrário, que estão a atuar bem", disse Rui Rio.
"Espero é que depois tudo isto tenha consequência e que não sejam apenas notícias de buscas que depois não tenham mais nada e morram pelo caminho. Espero que sejam levadas até ao fim, até ao julgamento se for caso disso, e que não se fique apenas pela parte mediática", acrescentou o dirigente social-democrata, que falava aos jornalistas em Setúbal à margem da apresentação de candidatos do PSD às 13 câmaras municipais do distrito.
O presidente do PSD começou por salientar a importância do trabalho desenvolvido pela comissão parlamentar de Inquérito às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, presidida por Fernando Negrão (candidato do PSD nas eleições autárquicas em Setúbal). Depois disse que a comissão não permitiu esclarecer tudo mas "trouxe alguns esclarecimentos adicionais".
"A avaliação política que eu posso fazer é que aquilo que nós temos vindo a levantar na Assembleia da República, seja no caso do negócio da venda das barragens por parte da EDP, que também teve uma ação judicial esta semana, seja no caso de Joe Berardo, seja agora no caso de Luís Filipe Vieira, tudo isto tem também naturalmente que ver com aquilo que é a ação que o Parlamento tem desenvolvido em torno destes casos", disse.
"Naturalmente que [a comissão parlamentar de Inquérito] tem vindo a trazer algum esclarecimento adicional, não digo o esclarecimento todo, longe disso, como é evidente, mas algum esclarecimento adicional importante", sublinhou.
Por sua vez, Fernando Negrão, que presidiu à comissão parlamentar de inquérito que ouviu Luís Filipe Vieira, não se quis alongar em considerações.
"Eu acho que devo ser limitado nas minhas declarações. Dizer só que fizemos o nosso trabalho, demos visibilidade a problemas, alguns com vários anos, outros mais recentes. E contamos que isso tenha tido alguma utilidade", disse Fernando Negrão.
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