António Costa anunciou o concurso público internacional de conceção e construção de uma linha de Bus Rapid Transit entre a Boavista e a Praça do Império. O projeto da Metro do Porto ronda os € 60 milhões, investimento integrado no PRR, e contará com duas estações desenhadas por Siza Vieira
Jornalista
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou, esta terça-feira, nos Jardins do Parque de Serralves, no Porto, o lançamento de uma linha de metrobus, movido a hidrogénio, que deverá começar a funcionar no eixo Boavista/Praça do Império, no final de 2023. O circuito do BRT (Bus Rapid Transit) terá uma extensão de quatro quilómetros e oito estações, com uma frequência de 15 minutos de intervalo, com capacidade transporte de 4400 utentes por hora, nos dois sentidos.
A Linha BRT Boavista/Império, no final da Avenida Marechal Gomes da Costa, é um dos projectos da Metro do Porto incluído no Plano de Recuperação e Resiliência, representando um investimento na ordem dos € 60 milhões de euros.
O veículo articulado, sem emissões poluentes circulará pelo corredor central da Avenida da Boavista, com paragens no Bom Sucesso, Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa e Pinheiro Manso. Já na Avenida Marechal Gomes da Costa, as duas estações - Serralves e João de Barros, serão gizadas pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, ao do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves. Estas duas estações não integram, por isso, o concurso público da linha de metrobus.
No início da década de 90, Rui Rio defendeu uma linha de metro na Avenida da Boavista de ligação a Matosinhos em detrimento da linha do Campo Alegre, mas em 2008 o Governo Sócrates chumbou a aposta do então presidente da Câmara do Porto. A ligação via metro do Campo Alegre, zona densamente povoada e que serviria três bairros sociais da cidade acabou também por nunca ser feita.
Na cerimónia do lançamento do BRT, presidida pelo chefe do Governo, participaram Rui Moreira e dos membros do Conselho de Administração da empresa Metro do Porto, SA, não tendo marcado presença, ao contrário do esperado, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, que acabou por não marcar presença por estar a cumprir isolamento profilático, após contacto de risco com uma pessoa infetado com covid-19.
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