
Há risco de debandada entre portistas. Nuno Melo pode ir a jogo. Mas ‘Chicão’ tem as cartas na mão
Há risco de debandada entre portistas. Nuno Melo pode ir a jogo. Mas ‘Chicão’ tem as cartas na mão
Jornalista
Dias antes do ponto final, ainda havia quem pedisse a Francisco Mendes da Silva para esperar. Não sair já, esperar por ventos de mudança, que poderiam aparecer depois de setembro. Mas a decisão estava tomada: o ex-dirigente da ala portista, liberal, apoiante de João Almeida no último congresso, próximo de Adolfo Mesquita Nunes e um dos rostos mais visíveis do CDS nos programas de comentário político atirou a toalha ao chão e entregou o cartão de militante. “O CDS deixou de representar os princípios políticos que defendo”, argumentou. Dias depois foi a vez de Luís Marreiros, ex-secretário-geral-adjunto de João Rebelo dos tempos de Paulo Portas, fazer o mesmo.
A reflexão sobre a desfiliação é, de resto, comum a outros rostos — atuais e antigos — do CDS, apurou o Expresso. Embora Francisco Rodrigues dos Santos diga que no último ano de liderança de Assunção Cristas “saíram mais militantes do que no ano e meio” que se seguiu, o “desalento” é evidente. “Desistência não diria, mas desalento sim”, afirma uma fonte, que confirma que não tem havido movimentações estruturadas nos bastidores para destronar ‘Chicão’ em congresso, ainda que todos deem como certo que alguém irá a jogo. Quem? É a pergunta para um milhão de euros.
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