Política

Sondagem: partidos à esquerda conseguem maioria absoluta, mas pedem remodelação no atual Governo

António Costa e dois amigos de longa data. Eduardo Cabrita, que sai de ministro Adjunto para MAI e Pedro Siza Vieira que deixa a advocacia para um Gabinete na Gomes Teixeira, agora deixado vago por Eduardo Cabrita
António Costa e dois amigos de longa data. Eduardo Cabrita, que sai de ministro Adjunto para MAI e Pedro Siza Vieira que deixa a advocacia para um Gabinete na Gomes Teixeira, agora deixado vago por Eduardo Cabrita
Marcos Borga

Inquiridos defendem uma remodelação do Governo. O ministro da Administração Interna é o nome mais apontado para abandonar o Executivo

O Partido Socialista (PS) é o partido com a maior percentagem de intenções de votos (38%). A antiga “geringonça” soma mais de metade das intenções de votos (51%), com o Bloco de Esquerda (BE) a ter 8% das intenções, e a Coligação Democrática Unitária (CDU) a contar com 5%. No caso da esquerda se agregar com o Pessoas-Animais-Natureza (PAN), poderia chegar aos 54 pontos percentuais. Apesar das intenções de voto não serem muito distintas perante as últimas eleições, cerca de 51% dos inquiridos defendem uma remodelação do Governo. O nome mais apontado para abandonar o Executivo é o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. Os dados são revelados pela sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica para a “RTP” e para o jornal “Público”.

Na mesma sondagem, o Partido Social Democrata (PSD) conta com 28% de possíveis votantes. O estudo não revela oscilações dos partidos com assento parlamentar. O Chega (CH) tem neste momento 6% das intenções de voto, tendo descido dois pontos desde as últimas sondagens. O partido de direita voltou a ser ultrapassado pelo BE. Já a Iniciativa Liberal (IL) mantém os 5% de possíveis votantes. Os liberais não veem o seu resultado alterar-se desde dezembro. Caso a direita toda se juntasse, não ultrapassaria 42% - menos 12 pontos do que a esquerda e PAN.

O partido Centro Democrático Social (CDS) junta apenas 3% das intenções de voto. Nas legislativas de 2019, os centristas tiveram 4,22% dos votos O PAN também conta, neste momento, com 3% das intenções. Contudo, a descida desde as eleições não é significativa, uma vez que o partido teve 3,22% dos votos.

Os inquiridos pedem, ainda, que o Orçamento do Estado para 2022 seja negociado com as diferentes forças políticas, mas sem acordos formais. Cerca de 42% preferem uma negociação com o PSD, 28% com o BE e 20% com a CDU.

A sondagem contou com 1123 inquéritos recolhidos via telefone entre 5 e 7 de maio. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (telemóvel e telefone fixo) a partir de uma lista gerada de forma aleatória. A margem de erro é de 2,9% e o nível de confiança é de 95%.

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