
Grandes opções adiadas por não terem apoio. Governo queria reuniões à esquerda em maio, mas não tinha com quem falar
Grandes opções adiadas por não terem apoio. Governo queria reuniões à esquerda em maio, mas não tinha com quem falar
O PCP entrou num braço de ferro com o Governo sobre todas as matérias orçamentais. O BE diz que o Governo não dá sinais de mudança e que, assim, continuará a votar contra. O pontapé de saída que o Governo quis dar para as negociações do Orçamento do Estado (OE) acabou em falsa partida — a dois passos.
Eis o primeiro: num gesto inédito, a bancada parlamentar comunista, habitualmente reservada nos comentários a quaisquer negociações bilaterais, assumiu ter feito um xeque-mate ao Governo a propósito da lei das grandes opções, obrigando o Executivo a adiar a votação do documento para evitar um chumbo. Por iniciativa do PS, o documento que dá as linhas gerais do próximo OE, e dos seguintes, passou a ser levado a votos na Assembleia da República (AR) não em outubro, juntamente com o OE respetivo, mas a 15 de abril. Os comunistas não gostaram e fizeram tudo para evitar o que consideram ser uma forma inaceitável de o PS “condicionar” a posição do PCP numa próxima votação do orçamento. Duarte Alves deixou-o claro no “Observador”: “Se não tivesse havido um requerimento do PS para adiar esta votação, a nossa intenção seria de votar contra.”
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