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Cinco entidades a vigiar a ‘bazuca’. Presidente do TdC preocupado alerta para "sobreposição"

Novo presidente do Tribunal de Contas foi a Belém e a São Bento deixar alertas...
Novo presidente do Tribunal de Contas foi a Belém e a São Bento deixar alertas...
António Pedro Santos/lusa

Parlamento aprova na quarta-feira alterações à lei dos contratos públicos que obriga a que todos os contratos sigam para o Tribunal de Contas. José Tavares diz estar disponível para ajudar a construir modelo de gestão "gerador de confiança nos cidadãos".

Cinco entidades a vigiar a ‘bazuca’. Presidente do TdC preocupado alerta para "sobreposição"

Liliana Valente

Coordenadora de Política

Os milhares de milhões do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) ainda não chegaram, mas as suspeitas de que haverá dinheiro mal gasto, falta de transparência na atribuição ou mesmo corrupção têm inundado o espaço público. O resultado? Uma proliferação de tal ordem das entidades de fiscalização dos fundos europeus que pode resultar em sobreposição e atropelo de funções. O alerta é deixado pelo presidente do Tribunal de Contas, José Tavares, em declarações ao Expresso: “Em minha opinião, devemos evitar estruturas e instituições sobrepostas, pois tal dificulta o bom funcionamento do sistema”, diz.

O aviso acontece dias antes de o Parlamento aprovar uma alteração à legislação que regula a contratação pública, criando mais uma entidade de fiscalização da gestão dos fundos europeus, com personalidades independentes, e que estabelece uma regra que obriga a que todos os contratos públicos celebrados com fundos europeus sejam enviados para o Tribunal de Contas, independentemente do seu valor. Uma vaga de contratos que terão de ser apreciados pelo Tribunal de Contas, mas não para fiscalização prévia.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lvalente@expresso.impresa.pt

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