O primeiro-ministro recusou-se esta sexta-feira a comentar cenários sobre o desenvolvimento do processo judicial "Operação Marquês", que envolve o antigo líder socialista José Sócrates, dizendo que já respondeu há seis anos e que agora nada tem a acrescentar.
"Sobre essa matéria tive a oportunidade de responder já há seis anos. E ainda não tenho nada para acrescentar em relação àquilo que disse há seis anos", declarou António Costa.
António Costa fez esta curta declaração no final de uma visita de mais de uma hora por todos os espaços em que estão a decorrer obras de restauro e de conservação no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, em que esteve acompanhado pela ministra da Cultura, Graça Fonseca.
O juiz Ivo Rosa marcou para esta sexta-feira a leitura da decisão instrutória, pela qual se vai saber quem vai a julgamento e por que crimes fica pronunciado, sendo, contudo, passível de recurso para o Tribunal da Relação.
No âmbito da Operação Marquês, o ex-primeiro ministro José Sócrates está acusado desde 2017 de 31 crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, num processo com 28 arguidos e que já dura há sete anos.
244 milhões do PRR para a cultura e 1% das obras públicas para arte
O primeiro-ministro anunciou ainda, na mesma visita desta manhã, que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) terá de forma autónoma 244 milhões de euros destinados à cultura e que 1% do investimento global em obras públicas vai reverter para a arte.
No final da visita, perante os jornalistas, o líder do executivo adiantou também que o Conselho de Ministros do próximo dia 22 será dedicado à cultura "de forma transversal", sendo aprovado o estatuto dos trabalhadores deste setor.
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