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Forças Armadas. PSD não vê “matéria para alarme” na reforma proposta pelo Governo, PCP reforça “distanciamento”

João Gomes Cravinho, ministro da Defesa, e António Silva Ribeiro, CEMGFA
João Gomes Cravinho, ministro da Defesa, e António Silva Ribeiro, CEMGFA
NUNO BOTELHO

A reforma concentra os poderes dos três ramos no Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e tem suscitado a resistência no topo da hierarquia. Depois de se reunirem com o ministro da Defesa, sociais-democratas falam em “alterações muito cirúrgicas”, enquanto comunistas acenam com voto contra

Forças Armadas. PSD não vê “matéria para alarme” na reforma proposta pelo Governo, PCP reforça “distanciamento”

Hélder Gomes

com Vítor Matos

O ministro da Defesa começou a ouvir os grupos parlamentares sobre a reforma do Governo para o comando superior das Forças Armadas. João Gomes Cravinho, que em fevereiro disse esperar “um consenso o mais abrangente possível”, voltou a ter o respaldo do PSD e a demarcação do PCP, os dois partidos com que se reuniu esta terça-feira por videoconferência. A reforma, que concentra os poderes dos chefes dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Força Aérea e Marinha) na figura do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), tem suscitado a resistência no topo da hierarquia e a oposição de dezenas de oficias generais retirados, incluindo do ex-Presidente da República Ramalho Eanes.

Ana Miguel dos Santos, coordenadora do grupo parlamentar do PSD na Comissão de Defesa Nacional, não vê “matéria para alarme”. Em declarações ao Expresso, após a reunião com o ministro, a deputada fala de “alterações muito cirúrgicas” que “mantêm a integridade e a importância dos ramos”. “Os receios estão acautelados”, garante, falando mesmo numa “cláusula-travão” que assegura aos ramos “a possibilidade de evidentemente acederem ao ministro em muitas matérias”. Esta possibilidade entronca, de resto, nalguns dos pontos mais sensíveis da reforma: a passagem do poder deliberativo para consultivo do Conselho de Chefes de Estado-Maior ou o despacho com o ministro em matérias estruturantes.

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