
Nova prestação social criada pelo Governo não funciona, diz a esquerda. Ministério do Trabalho não dá dados desagregados sobre o novo apoio e cria desconfiança nos partidos. Governo sem apoio para retificativo
Nova prestação social criada pelo Governo não funciona, diz a esquerda. Ministério do Trabalho não dá dados desagregados sobre o novo apoio e cria desconfiança nos partidos. Governo sem apoio para retificativo
Coordenadora de Política
Jornalista
Em maio ganha-se ou perde-se o ano. É esta a visão que os comunistas transmitiram ao Governo há uma semana, exigindo resposta rápida e preventiva. No PCP crescem as dúvidas sobre o grau de otimismo do Governo em relação ao verão e em como poderá estar a subestimar os efeitos da crise. Com muitas empresas penduradas no lay-off e nas moratórias, basta que perspetivem que o verão não as salvará para que haja um efeito dominó.
O alerta, feito antes da apresentação, por Siza Vieira, das novas medidas de apoio económico, serviu para que o Governo passasse a incluir nos apoios diretos alguns sectores (como as padarias, por exemplo). Mas o PCP passa o eufemismo, optando por classificar as medidas como “tímidas”, mas o descontentamento tem aumentado: “As medidas anunciadas pelo Governo ficam aquém das necessidades e da resposta que é preciso dar aos trabalhadores, a quem está em situação de desemprego ou aos micro, pequenos e médios empresários”, responde o partido, que segurou com o PAN o último Orçamento do Estado. Esta semana, Jerónimo de Sousa dramatizou: “Os laivos de descontentamento que existem podem transformar-se numa coisa mais complicada: do descontentamento passar ao desespero.”
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