Política

Creches e escolas do 1º ciclo devem reabrir a 15 de março, revela Marques Mendes

Creches e escolas do 1º ciclo devem reabrir a 15 de março, revela Marques Mendes

Ex-líder do PSD diz que o Governo está também a avaliar a reabertura dos "cabeleireiros, barbeiros e pequeno comércio" na primeira fase do plano de desconfinamento. A Páscoa será marcada de novo pela proibição de circulação entre concelhos

Creches e escolas do 1º ciclo devem reabrir a 15 de março, revela Marques Mendes

Liliana Coelho

Jornalista

As creches e as escolas do 1º ciclo deverão reabrir já no próximo dia 15 de março. Essa será a primeira etapa do plano de desconfinamento que o Governo irá anunciar na próxima quinta-feira, avançou Luís Marques Mendes este domingo, no seu habitual espaço de comentário na SIC.

"Vamos começar a desconfinar mesmo no dia 15, um desconfinamento pequeno, suave e limitado. Em princípio, há consenso para as creches, pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico", afirmou Marques Mendes.

Segundo o ex-líder do PSD, o Executivo está também a avaliar a reabertura dos "cabeleireiros, barbeiros e pequeno comércio" na primeira fase, sendo quase certo que as restantes atividades económicas e as escolas a partir do 2º ciclo só arranquem depois de 5 de abril. O Governo deverá dar, contudo, "sinais indicativos" de quando os restantes sectores poderão abrir no futuro, sendo que as medidas serão reavaliadas quinzenalmente, em linha com a renovação do Estado de Emergência.

À semelhança do ano passado, a Páscoa será marcada também pela proibição de circulação entre concelhos "de forma a evitar ajuntamentos", adiantou Marques Mendes.

Reunião no Infarmed será diferente

A reunião do Infarmed, agendada para esta segunda-feira, será decisiva para a conclusão do plano do Executivo e, de acordo com o comentador, serão apresentados dois planos: um para confinamentos futuros e outro para o desconfinamento.

O primeiro plano, sublinhou, será da autoria de Carmo Gomes e Baltazar Nunes, e terá os indicadores, regras e critérios para eventuais confinamentos no futuro, enquanto o segundo, da responsabilidade de Raquel Duarte e Óscar Felgueiras, será uma espécie de "guia para o desconfinamento" com pistas para os próximos seis meses.

"Segundo apurei, amanhã, a reunião no Infarmed vai ser diferente do habitual, vai ser mais conclusiva do que descritiva", acrescentou Marques Mendes, apontando para o pedido de sugestões feito na última reunião pelo Presidente da República aos especialistas.

Críticas à negociação de vacinas por Bruxelas

Em relação ao plano de vacinação, o ex-presidente do PSD considerou que o país está a seguir um bom ritmo no meio do contexto de "escassez de vacinas" e não poupou críticas ao processo liderado pela União Europeia (UE). "A UE em matéria de vacinação parece um queijo suíço, está cheio de buracos e mete água por todo o lado", atirou.

Considerando que a "única boa decisão" de Bruxelas foi a compra conjunta de vacinas contra a covid-19, Marques Mendes lamentou que o velho continente esteja atrás de Israel, dos EUA e do Reino Unido neste âmbito."A UE tem uma posição de vacinação quase irrelevante, apesar de a maioria das vacinas ser fabricadas na Europa", observou, frisando que a Comissão Europeia negociou mal os contratos com a indústria e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) demora muito tempo a aprovar vacinas face às congéneres britânica e norte-americana.

"As boas notícias são cá dentro. De um modo geral, no terreno o processo corre bem. Aquela ideia de que [a vacinação] iria ser um desastre não se confirmou minimamente. Portugal está no 11.º lugar no ranking da Europa, temos é poucas vacinas", insistiu.

O comentador adiantou ainda que a ilha do Corvo tornar-se-à na próxima semana "no primeiro território na Europa com a toda população" protegida contra a covid-19 e que os professores terão também prioridade na vacinação, devendo receber a "vacina da Astrazeneca".

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