Política

PSD. 23 nomes novos, 4 autarcas que não quiseram ir a jogo, e Carreiras reconduzido. Os primeiros 102 nomes de Rio para as autárquicas

PSD. 23 nomes novos, 4 autarcas que não quiseram ir a jogo, e Carreiras reconduzido. Os primeiros 102 nomes de Rio para as autárquicas
nuno botelho

José Silvano, coordenador autárquico, apresenta a primeira leva de nomes do PSD para as autárquicas "vitais" para o PSD. O crítico Carlos Carreiras confirma-se para Cascais, e há "quatro ou cinco" atuais presidentes que não quiseram ir a jogo. Há divergências assumidas em cerca de "uma dezena" de autarquias mas o PSD garante que assumirá toda a "responsabilidade" pelos nomes e, consequentemente, pelos resultados.

PSD. 23 nomes novos, 4 autarcas que não quiseram ir a jogo, e Carreiras reconduzido. Os primeiros 102 nomes de Rio para as autárquicas

Rita Dinis

Jornalista

Primeiro foi o trunfo Moedas, para Lisboa, agora vem a composição autárquica do PSD para todo o país. José Silvano apresentou os primeiros "cerca de 100" nomes que o PSD vai lançar para a corrida autárquica, depois de já ter sido tornado pública a solução encontrada para Lisboa (Carlos Moedas) e para Setúbal (Fernando Negrão). São 23 nomes novos, e 77 reconduções de presidentes em exercício -- onde se inclui Carlos Carreias em Cascais, um conhecido crítico de Rui Rio, Almeida Henriques em Viseu, Salvador Malheiro em Ovar, Ribau Esteves em Aveiro ou Ricardo Rio em Braga.

Além das reconduções, José Silvano admite que "quatro ou cinco" atuais presidentes não quiseram recandidatar-se, e que há divergências entre as estruturas locais e a direção nacional em "uma dezena" de autarquias. Em todo o caso, Silvano garante que o PSD irá assumir todas as "responsabilidades" pelos nomes escolhidos e irá tirar consequências dos resultados alcançados.

José Silvano começa por dizer que o objetivo é que no dia 31 de março o processo de apresentação de candidaturas esteja "concluído". "Não nos temos remetido ao papel burocrático de receber candidaturas aprovadas pelas concelhias e distritais sem termos um juízo crítico sobre os candidatos", diz ainda, garantindo que a direção nacional assume a "responsabilidade" da escolha dos candidatos por inteiro, e não se limita a homologar os nomes indicados. Exemplo disso foi o que aconteceu em Coimbra, onde José Silvano diz que foi pessoalmente falar com a estrutura para explicar porque não aceitaram a escolha locai (Nuno Freitas): "Não estava bem posicionado para ganhar e o objetivo do PSD é ganhar Coimbra ao Partido Socialisa", diz.

O coordenador autárquico diz ainda que, ao contrário de Coimbra, "quase todos os processos" estão consensualizados entre ambas as partes. "Não teremos mais de uma dezena de casos onde há divergência entre as estruturas e a nacional", diz, insistindo na questão da responsabilidade assacada à direção do partido.

Entre os 102 candidatos que Silvano vai apresentar, 23 são candidatos novos, e 77 são recandidatos a um segundo mandato (havendo 13 que não se podem recandidatar pela limitação de mandatos). Ou seja, recandidatam-se (quase) todos os que podem fazê-lo, havendo apenas "quatro ou cinco" que não o desejam fazer, admite Silvano.

Entre os presidentes reconduzidos, Carlos Carreiras, conhecido crítico de Rio, está confirmado como candidato à câmara de Cascais, assim como Almeida Henriques em Viseu.

Eis alguns dos 23 candidatos novos:

Alcochete: Pedro Louro

Almada: Nuno Matias

Barreiro: Bruno Vitorino

Moita: Luís Nascimento

Montijo: João Afonso

Palmela: Paulo Ribeiro

Santiago do Cacém: Luís Santos

Seixal: Bruno Vasconcelos

Sesimbra: Francisco Luís

Arruda dos Vinhos: Helder Carvalho

Azambuja: Rui Corça

Cabeceiras de Basto: Manuel Teixeira

Guimarães: Bruno Fernandes

Castelo de Paiva: José Duarte de Sousa Rocha

Góis: Rui Sampaio

Penacova: Álvaro Coimbra

Loures: Nelson Batista

Moimenta da Beira: Jorge Costa

Oliveira de Frades: João Valério

Penodono: Cristina Ferreira

Torres Novas: Tiago Ferreira

Alcanena: Rui Anastácio

Manteigas: Nuno Manuel Soares

Os 77 nomes de atuais presidentes em exercício que serão recandidatos foram transmitidos através de uma mensagem em vídeo, e não a viva voz. Esses autarcas anunciarão a sua recandidatura assim que entenderem, tendo a homologação garantida da parte da direção nacional do partido.

Sobre o acordo autárquico entre o PSD e o CDS, José Silvano diz que está concluído e que a apresentação pública será feita o quanto antes, assim que Rio e Francisco Rodrigues dos Santos o entenderem. Trata-se de um "acordo chapéu" que engloba todas as coligações que se possa fazer, sendo que depois cada coligação a nível local terá de fazer "novo acordo entre as estruturas distritais dos dois partidos", que terá de obedecer às orientações do acordo nacional.

Ou seja, as estruturas têm carta branca para se entenderem com o CDS. "Onde as partes se entenderem a nível local, e se a direção entender que é uma mais valia, automaticamente a coligação será aprovada", disse.

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