Política

Governo admite alterar Lei do Ruído em função de quem está em teletrabalho

Governo admite alterar Lei do Ruído em função de quem está em teletrabalho
José Fernandes

Marcelo Rebelo de Sousa já tinha feito o pedido há 15 dias, quando renovou o estado de emergência, e voltou a fazê-lo esta semana. Agora, fonte do Governo admite que a lei poderá ser alterada, apesar de reconhecer que existem diversas dificuldades

Com o aumento do teletrabalho e com o regresso ao ensino à distância, Marcelo Rebelo de Sousa avançou com um pedido para alterar a Lei do Ruído. Segundo o "Público", o Presidente da República já tinha solicitado esta análise quando renovou o último estado de emergência, há 15 dias, e voltou a repetir o pedido no último decreto.

Nestes dois últimos decretos, Marcelo Rebelo de Sousa colocou a hipótese de existirem "determinados níveis de ruído mais reduzidos em decibéis ou em certos períodos horários, nos edifícios habitacionais, de modo a não perturbar os trabalhadores em teletrabalho".

Ao "Público", fonte do Governo adiantou que a resposta deverá ser dada depois da reunião do Conselho de Ministros que decorre esta sexta-feira. Apesar de a proposta estar em discussão, a mesma fonte governamental admite que é "difícil ter um polícia em cada casa a controlar se as obras ou se o cão do vizinho está a fazer ruído com decibéis acima do permitido".

Atualmente, a lei em vigor indica que, entre as 23h e as 7h, o ruído deve ser limitado e as autoridades podem exigir o fim do barulho durante este período. Em relação às obras, o cenário já é diferente: as intervenções nos edifícios só podem ser realizadas entre as 8h e as 20h, não sendo necessária uma licença especial de ruído.

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