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Esquerda dividida sobre retificativo e apoios. Conversa regular segue com PCP

Esquerda dividida sobre retificativo e apoios. Conversa regular segue com PCP
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

BE quer retificativo, PCP diz que “não há necessidade”. Apoios sociais pressionam. Governo garante manter pontes

O cenário político está longe de ser estável para o Governo: um Orçamento Retificativo que paira no ar, uma ‘bazuca’ europeia que leva os ex-parceiros a desconfiar de nova onda de austeridade e tudo em ano de pandemia com eleições autárquicas. À esquerda, há divisões sobre a necessidade de um Retificativo — assunto que não foi abordado pelo Governo com os antigos parceiros, confirmou o Expresso — e quanto à velocidade da aplicação dos apoios sociais e económicos. Uma diferença: o PCP tem colocado questões e sido informado sobre as medidas incluídas no Orçamento que viabilizou; BE e PAN queixam-se de falta de contactos da parte do Executivo, que garante estar “disponível” para conversar e reunir sempre que se justifique.

As divisões à esquerda não têm apenas que ver com a relação com o Governo, uma vez que os próprios partidos têm perspetivas opostas sobre a base da resposta à crise. Para o BE é clara a necessidade de recorrer a um Orçamento Retificativo para corrigir o atual. Esta semana Catarina Martins dizia que o Governo precisaria de corrigir as insuficiências que ainda restam e que seria da competência do Executivo avaliar de que forma o faria. Ao Expresso, um dirigente do BE explica que “é evidente que o Orçamento não tem estrutura para enfrentar o que está à nossa frente”. A tese do BE é que as correções já feitas pelo Governo, por exemplo, nos apoios a desempregados ou a pais em teletrabalho, “confirmam a razão” do partido ao votar contra o último Orçamento.

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