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Política

Continua a debandada: mais quatro demissões no CDS

Francisco Rodrigues dos Santos e Filipe Lobo d'Ávila, presidente e vice-presidente no encerramento do congresso
Francisco Rodrigues dos Santos e Filipe Lobo d'Ávila, presidente e vice-presidente no encerramento do congresso
Rui Duarte Silva

Dois apoiantes de Lobo d'Ávila abandonam a Comissão Política Nacional e outros dois deixam o Gabinete de Estudos do partido

Continua a sangria de dirigentes do CDS. Depois de Filipe Lobo d'Ávila, líder do grupo Juntos pelo Futuro e primeiro vice-presidente do partido, e de Raúl Almeida e Isabel Menéres Campos, ambos da Comissão Executiva, terem batido com a porta, surgem agora mais quatro demissões.

Esta quinta-feira, apurou o Expresso, foram comunicadas mais quatro baixas de apoiantes de Lobo d'Ávila. Paulo Cunha de Almeida e José Carmo deixaram a Comissão Política Nacional, enquanto José Maria Seabra Duque e Tiago Leite cessaram as funções no Gabinete de Estudos dos democratas-cristãos.

O grupo encabeçado por Lobo d'Ávila, como o Expresso escreveu atempadamente, dava há muito sinais de insatisfação em relação ao caminho seguido por Francisco Rodrigues dos Santos e a cisão acabou por acontecer na madrugada de quinta-feira, quando Lobo d'Ávila comunicou ao presidente do CDS que tinha chegado a hora de se demitir.

A carta com que se despediu da direção não foi meiga. Na missiva, o antigo secretário de Estado da Administração Interna defendeu que os centristas enfrentam "um problema de afirmação externa" e sugeriu mesmo que, se nada for feito, o CDS caminha para a irrelevância.

"Temos que conseguir ler para além da bolha das redes sociais e dos grupos de apoio do WhatsApp. A mensagem não passa. As pessoas não nos ouvem. O CDS não é considerado. Os indicadores são trágicos. A projeção externa ou não existe ou não é boa. Infelizmente, e por muito que me custe dizê-lo, o CDS de hoje não risca", escreveu.

Antes disso, Adolfo Mesquita Nunes tinha proposto que o partido avance para um Congresso extraordinário para mudar de liderança e, pelo meio, Nuno Melo advogou que a altura para mudar de líder é em 2022 (e assumiu estar disponível para esse combate).

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