Política

‘Chicão’ quer críticos internos nas autárquicas

‘Chicão’ quer críticos internos nas autárquicas
Rui Duarte Silva

Presidente do CDS vai chamar ex-líderes e figuras da oposição ao Caldas. E quer arregimentar tropas

Francisco Rodrigues dos Santos quer desanuviar o ambiente de tensão no CDS e vai iniciar o ano com um conjunto de audiências com os antigos presidentes do partido e também com algumas das figuras mais críticas da sua direção. Além de os querer ouvir sobre bandeiras que os democratas-cristãos devem agarrar, como explicou em entrevista à TVI24, o líder quer mobilizar alguns dos opositores para as eleições autárquicas, apurou o Expresso.

De acordo com uma fonte da direção, além dos antecessores de Rodrigues dos Santos (Adriano Moreira, Manuel Monteiro, Paulo Portas, José Ribeiro e Castro e Assunção Cristas), deverão ser chamados ao Largo do Caldas Adolfo Mesquita Nunes, João Almeida, Telmo Correia, Cecília Meireles, Nuno Melo, Diogo Feio e Francisco Mendes da Silva. Se o objetivo genérico passa por envolver os quadros mais desalinhados (com ou sem funções públicas ou partidárias) na estratégia e nas propostas do CDS, a verdade é que na cabeça do líder está também a intenção de ‘amarrar’ alguns deles às disputas locais do próximo outono. O próprio presidente centrista adiantou, aliás, que queria não só “apaziguar algumas efervescências e tensões” internas, como ter o partido “unido” no arranque para os “próximos ciclos eleitorais”.

Embora já tenha afastado a hipótese de ser candidato à Câmara de Lisboa, alegando que o líder do CDS não tem de ser um “omnipresidente”, o Expresso sabe que Rodrigues dos Santos, compreendendo a importância de dar um sinal de mobilização num momento de profunda crise para o partido e sabendo que pode ser confrontado com o facto de não dar o exemplo, está a estudar a possibilidade de avançar para a Assembleia Municipal da capital ou para a de Oliveira do Hospital, onde tem raízes familiares. Certo é que não irá a jogo para qualquer função executiva.
Ainda no que respeita a Lisboa, o encontro com Cristas — que Rodrigues dos Santos já classificou como “um peso-pesado” com o qual a direita poderia bater Fernando Medina — deve ser fundamental para aferir a disponibilidade da anterior líder em ser candidata.

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