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TAP. Governo quer vender operação no Brasil e usar part-time para evitar despedimentos

TAP. Governo quer vender operação no Brasil e usar part-time para evitar despedimentos

O Governo propõe licenças sem vencimento, trabalho a tempo parcial e rescisões amigáveis para evitar 2000 despedimentos

Salvar a TAP vai custar €3,2 mil milhões até 2024, foi isso que o Governo inscreveu no plano de reestruturação entregue esta semana em Bruxelas. Na bagagem, o Executivo leva também a possibilidade de a TAP vender a operação que tem no Brasil, uma empresa de manutenção que tem sido ruinosa e é uma das grandes responsáveis pelos prejuízos ao longo dos últimos anos.

Embora a TAP Manutenção Brasil esteja com as contas equilibradas desde 2019, durante mais de uma década fez perder à transportadora portuguesa centenas de milhões de euros, um sorvedouro, que há muito os sindicatos apelam a que se ponha fim. O Governo e a administração da TAP estão também empenhados em que a fatura para os trabalhadores seja menos pesada do que se antevê no plano. E, por isso, vão propor saídas negociadas, pré-reformas, licenças sem vencimento e até trabalho em part-time. O objetivo é reduzir ao mínimo possível os despedimentos, e garantir que estes trabalhadores mantenham um vínculo à empresa, e possam regressar quando a retoma chegar. Para já, está em cima da mesa o despedimento de cerca de dois mil trabalhadores, a que se soma a não renovação dos contratados a prazo, que este ano se irá traduzir na saída de 1600 pessoas. A questão dos trabalhadores ameaça provocar sérios danos no Governo de António Costa, já que será um dos maiores despedimentos feitos por uma empresa do Estado nos últimos anos.

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