
Cabeça de lista do PS nas últimas europeias anuncia apoio ao atual Presidente, juntando-se a Ferro e a Medina. Secretário de Estado Eurico Brilhante Dias é mais um socialista a juntar-se a essa fotografia
Cabeça de lista do PS nas últimas europeias anuncia apoio ao atual Presidente, juntando-se a Ferro e a Medina. Secretário de Estado Eurico Brilhante Dias é mais um socialista a juntar-se a essa fotografia
Jornalista
Coordenadora de Política
Bastou Marcelo Rebelo de Sousa confirmar que vai recandidatar-se à Presidência da República para Pedro Marques lhe entregar o seu apoio. Numa declaração enviada ao Expresso, o eurodeputado, que foi cabeça de lista do PS na última corrida ao Parlamento Europeu, é elogioso para Ana Gomes, mas diz que em "tempos de incerteza" só poderia estar ao lado do atual inquilino do Palácio de Belém.
“Pelo que foi o seu primeiro mandato enquanto Presidente da República, manifesto o meu apoio à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa", revela o ex-ministro do Planeamento e das Infraestruturas, juntando-se ao lote de destacados socialistas (do qual fazem parte, entre outros, Eduardo Ferro Rodrigues e Fernando Medina) que já adiantaram votar no ex-líder do PSD.
Contudo, ao contrário de outros responsáveis do PS, como Carlos César ou Augusto Santos Silva, Pedro Marques evita palavras hostis em relação à candidata da área socialista que já estava no terreno. "Reconheço competência, mérito e o legado de Ana Gomes, mas, nestes tempos de incerteza, apoio a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa", frisa, a rematar, o candidato à vice-presidência do grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), a família política a que pertence o PS, no Parlamento Europeu.
Quem também vai figurar no rol de apoiantes de Marcelo é o secretário de Estado da Internacionalização. Eurico Brilhante Dias sublinha ao Expresso que "o país precisa de um Presidente da República que promova a unidade em tempos de combate à pandemia" e, mais do que isso - numa alusão implícita a André Ventura -, de alguém capaz de travar o "radicalismo da extrema-direita".
Ainda antes de o chefe de Estado ter confirmado que voltaria a avançar, Eurico Brilhante Dias já fazia um balanço dos primeiros cinco anos de Marcelo em Belém. E antecipava o apoio a uma recandidatura que estava escrita nas estrelas: "Apesar da estima que merece Ana Gomes, com quem estou e estarei em muitas circunstâncias, a avaliação que faço do mandato do Presidente faz com que deva apelar a que se recandidate."
A 7 de novembro, sem grandes surpresas, a Comissão Nacional do PS decidiu que o partido não tomaria posição oficial nas presidenciais de 24 de janeiro. Ficou decidido que cada socialista teria liberdade de voto, mas a reunião ficou marcada pelas críticas de Pedro Nuno Santos à condução do processo eleitoral por parte da direção de António Costa.
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