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Reportagem: A bolha do PCP

Reportagem: A bolha do PCP
Ana Baiao

Loures está confinada e em recolher obrigatório. E, tal como em mais outros 126 concelhos portugueses, está tudo praticamente fechado e todos foram para casa. Todos? Não. O Pavilhão Paz e Amizade é, neste fim de semana, a pequena aldeia gaulesa de Asterix. Os comunistas recusam ficar confinados e cerram fileiras na luta que há cem anos insistem em travar contra "as forças reaccionárias e o grande capital". Nem a pandemia mudou o guião do Congresso do PCP, onde também continua a não haver desalinhados, nem atrasos no programado, falhas de organização ou sequer surpresas.

Reportagem: A bolha do PCP

Ana Baião

Fotojornalista

A A8, que liga Lisboa a Loures, mais parecia a estrada do 'lá-vai-um'. Já passava da hora de recolhimento obrigatório e as regras mais duras do estado de emergência que proíbem a circulação entre concelhos (salvo exceções, claro) pareciam estar a ser acatadas pela larguíssima maioria dos automobilistas.

Se a capital estava deserta este sábado, as ruas de Loures seguiam pelo mesmo caminho: sem gente, nem trânsito, nem comércio aberto. Um silêncio geral e um cinzento de chuva cobria a cidade. Mas, o cenário mudou à chegada ao Pavilhão Paz e Amizade. A imensa tenda de plástico transparente montada para receber os 600 delegados ao XXI Congresso do PCP, transforma-se na zona mais populosa do concelho e, seguramente, na mais movimentada. Parece uma bolha gigante, no meio da pandemia.

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