Com grandes desafios eleitorais pela frente - para inverter as perdas significativas dos últimos anos -, o congresso do PCP também serve para o partido fazer um balanço e lançar as bases dessas batalhas. Este sábado, os congressistas começaram a revelar algumas das estratégias para o ano que se seguirá e, se poucas caras conhecidas passaram pelo púlpito, a atração principal foi mesmo o discurso de João Ferreira, em quem todos os olhos estão postos. Por um lado, porque é candidato às eleições presidenciais, a próxima prova nas urnas; por outro, porque essa candidatura, que marca a quinta corrida como cabeça de lista, pode confirmar que o partido pensa nele para voos mais altos.
Pelas onze da manhã, quando João Ferreira percorreu o corredor lateral do pavilhão para falar aos 600 delegados, foi ovacionado uma vez. Seria a primeira de várias - um total de seis - em que os delegados o aplaudiram, acabando por o incentivar, punho no ar, a “avançar com confiança”. Por agora, até Belém; depois, talvez até à liderança do partido. Tanto Jerónimo de Sousa como João Ferreira rejeitaram a hipótese de sair da reunião magna do PCP na pele de secretário-geral adjunto, uma figura criada no tempo de Álvaro Cunhal para facilitar a transição de poder entre o dirigente histórico e Carlos Carvalhas; mas falta confirmar se João Ferreira não ganhará um papel mais destacado nos órgãos dirigentes do partido
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