Política

Já há decreto do estado de emergência (veja o documento): Marcelo pede medidas “mais adaptadas à experiência da realidade”

Já há decreto do estado de emergência (veja o documento): Marcelo pede medidas “mais adaptadas à experiência da realidade”
pedro nunes

"É indispensável renovar o estado de emergência", escreve o Presidente na proposta de decreto que enviou ao Parlamento, já com parecer favorável do Governo. Marcelo Rebelo de Sousa pede medidas "mais diferenciadas em função da situação em cada município", mantém a possibilidade de "confinamento compulsivo", refere o acesso à saúde privada para tratamento da Covid e de "outras patologias", e admite medidas para "assegurar acesso e regularidade no circuito dos medicamentos e vacinas".

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Menos de três horas após terminar a reunião no Infarmed com políticos, parceiros sociais e especialistas de saúde pública, o Presidente da República enviou ao Parlamento, já com parecer favorável do Governo, a sua proposta de renovação do estado de emergência, que se lê no texto ser "indispensável".

Marcelo Rebelo de Sousa refere "os muito inquietantes números" da pandemia no que toca a "novos infetados e falecimentos", além da "enorme pressão no SNS e no sistema de saúde em geral" e abre espaço ao Governo para "que certas medidas restritivas possam ser renovadas", agora "mais adaptadas à experiência da realidade e mais diferenciadas em função da situação e eheterogeneidade em cada município, esperando-se que possam em breve produzir efeitos positivos".

A renovação do estado de emergência é por 15 dias, inicia-se às 00h00 do dia 24 e termina às 23h59 do dia 8 de dezembro, mas o Presidente admite outras "eventuais renovações".

Replicando, no essencial, o anterior decreto no que toca à possibilidade de restringir a liberdade de deslocação, este diploma inova na diferenciação por localidades, prevendo que as medidas a adotar sejam "calibradas em função do grau de risco de cada município" podendo "para este efeito, os emsmos ser agrupados de acordo com os dados e avaliação das autoridades competentes, incluindo a proibição de circulação na via pública durante determinados períodos do dia ou determinados dia da semana".

Outra novidade passa pelo alargamento do papel do setor privado da saúde, que o decreto prevê poder ser chamado "mediante justa compensação" "em função do necessário para assegurar o tratamento de doentes Covid" mas não só. Doentes Covid "ou a manutenção da atividade assistencial relativamente a outras patologias".

As Forças Armadas também vêem o seu papel potencialmente reforçado. Marcelo propõe que, além da possibilidade de as FA apoiarem na realização de inquéritos, rastreios e seguimento de pessoas em vigilância ativa, também possam ser "mobilizados os (seus) recursos, meios e estabelecimentos de cuidados de saúde".

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