Política

Caso do hidrogénio: Siza Vieira e João Galamba estiveram sob escuta telefónica, assegura a “Sábado”

Pedro Siza Vieira, ministro da Economia
Pedro Siza Vieira, ministro da Economia
Pedro Nunes

Esta é a primeira que Ministério Público coloca sob escuta membros de um Governo em funções, acrescenta a revista. Escutas decorreram durante a fase de pré-escolha das empresas candidatas ao negócio do hidrogénio

O Ministério Público colocou sob escuta Pedro Siza vieira, ministro da Economia e da Transição Digital, e João Galamba, secretário de Estado Adjunto e da Energia, no âmbito do processo das candidaturas ao negócio do hidrogénio. Esta é, segundo avançou a revista "Sábado", a primeira vez que as autoridades colocam sob escuta membros de um governo em funções. Em causa está a investigação de indícios de tráfico de influências e de corrupção no processo de candidaturas ao megaprojeto do Governo.

Segundo a "Sábado", as escutas feitas pelo Ministério Público e pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção decorreram durante a fase de pré-escolha das empresas candidatas, em que decorreram encontros entre os concorrentes e o Governo.

As candidaturas ao negócio do hidrogénio terminaram em julho deste ano e, conforme anunciou o Governo, foram registadas 74 manifestações de interesse de empresas portuguesas e europeias. No entanto, foram escolhidas apenas 37 pelo comité de admissão dos projetos de hidrogénio - que integra representantes de vários ministérios. Entre o próximo ano e 2030, o Estado prevê gastar até mil milhões de euros em apoios ao investimento e produção.

A principal suspeitas das autoridades é que tenham sido favorecidas determinadas empresas no processo de escolha, como é o caso do consórcio H2Sines - formado pela EDP, Galp, REN, Martifer e Vestas.

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