O PSD, o CDS e o PPM confirmaram esta segunda-feira que vão apresentar uma solução tripartida para governar os Açores durante os próximos quatro anos. Numa conferência de imprensa conjunta, José Manuel Bolieiro, presidente do PSD/Açores, ladeado por Artur Lima e Paulo Estêvão, líderes, respetivamente, dos democratas-cristãos e dos monárquicos na região autónoma, confirmou aquilo que o Expresso noticiara na semana passada, sublinhando que tinha sido encontrada uma "plataforma comum" articulada entre as três forças de direita.
Artur Lima, por sua vez, enalteceu o "espírito de muito bom entendimento" que norteou todo o processo negocial, ao passo que Paulo Estêvão destacou que se trata de uma "solução inclusiva", "profundamente autonómica" e que coloca "os interesses dos Açores acima dos interesses partidários".
Ainda que a soma dos três partidos (26 mandatos) não garanta a maioria dos deputados na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) - onde se sentam 57 eleitos -, Bolieiro contornou as questões dos jornalistas sobre a necessidade de assegurar a luz verde de outros partidos para que possa assumir os destinos do arquipélago. "A seu tempo", disse o líder do PSD/Açores, clarificará qual será a geometria com que procurará formar uma maioria parlamentar. Este primeiro momento, acrescentou, serviu apenas para dar nota do "entendimento de três partidos" para "uma proposta de Governo Regional".
De resto, tal como o Expresso escreveu na semana passada, o plano de Bolieiro passa por assegurar acordos de incidência parlamentar com o Chega, com a Iniciativa Liberal e, eventualmente, com o PAN. Resta saber se o nível de compromisso para a primeira edição de uma geringonça de direita permitirá a oficialização desses entendimentos em papéis assinados pelas várias partes.
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