Política

Governo dá passo atrás na obrigatoriedade da aplicação StayAway Covid

António Costa no Instituto de Engenharia do Porto na apresentação da app Stayaway Covid
António Costa no Instituto de Engenharia do Porto na apresentação da app Stayaway Covid
Rui Duarte Silva

O Governo pediu à Assembleia da República para reagendar a discussão sobre a aplicação e quer acelerar a obrigatoriedade das máscaras. Em entrevista à TVI, António Costa pediu aos portugueses para reorganizarem o Natal.

Governo dá passo atrás na obrigatoriedade da aplicação StayAway Covid

Liliana Valente

Coordenadora de Política

Não terá havido tema, durante a semana passada, mais polémico do que a proposta do Governo de transformar em obrigatória a aplicação Stayaway Covid. Na entrevista à TVI, o primeiro-ministro anunciou o recuo do Governo ao referir que foi pedido a Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, para reagendar a proposta de discussão. Um reagendamento que pode ficar para as calendas, apesar de o primeiro-ministro defender que se deveria debater como tornar a aplicação mais eficaz.

Para já, António Costa quer "resolver" a questão das máscaras, deixando para depois o debate sobre a obrigatoriedade da aplicação. Como há uma proposta do PSD para tornar as máscaras obrigatórias na rua por quatro meses, António Costa defendeu que se deveria fechar já esse capítulo: "Vamos já resolver o problema das máscaras. Quanto ao outro tema, vamos debater", disse.

Apesar das críticas, Antonio Costa defende a segurança da aplicação, dizendo que esta até foi mais descarregada e logo numa fase em que a pandemia está "numa fase ascendente" que "vai continuar nas próximas semanas".

Mesmo assumindo que "não há previsão" sobre quando pode ser atingido o pico da segunda vaga, António Costa reafirma que não quer voltar a fechar o país pelo custo social e económico que a medida teve na Primavera: "É impensável recorrermos a um confinamento geral" e "tudo está dependente dos comportamentos que nós temos".

Os olhos postos estão agora no Natal. Costa não quer fazer o mesmo que fez na Páscoa, de impedir saídas para outros concelhos, mas fez um apelo: "Temos de crer que temos de nos organizar de forma distinta no Natal", disse.

E voltar ao estado de emergência? "Não é um cenário que esteja em cima da mesa", reforça, assinalando que tem corrido muito bem a relação com o Presidente da República.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lvalente@expresso.impresa.pt

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